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docarlos

A p..t.. da caboverdiana, a preta de merda, veio para cá dar a c..n.., quase mata o cabrito e ainda dá despesa ao Estado.

Esta é a filosofia decorrente, nas redes sociais, do último trágico acontecimento em Lisboa, onde uma mulher, sem abrigo e que, segundo parece, nem toxidependente será, terá engravidado, dado à luz na via pública e colocado o filho num contentor do lixo.

É um crime, ou mesmo vários?, é ou são; hoje em dia, não há motivos para se cometerem atrocidades destas, que só não custou a vida ao bebé, porque o "acaso" levou um outro sem abrigo ao local de abandono, e por cujo, a mãe criminosa, terá de responder em tribunal. Mas não acabou bem esta história, porque a criança, nunca mais será uma criança normal, com pai e mãe, um lar, por muito amor de que venha a beneficiar.

No entanto, isto sucede, porque esta "magnífica" sociedade "democratica", cheia de "liberdades" individuais onde cada um pode fazer o que quer (e os rendimentos deixam), não está minimamente interessada nos problemas dos outros; onde fazer a caridade, é meio caminho andado para o Reino dos céus e fica bem na fotografia (agora, selfies) e nas revistas cor-de-rosa; onde é mais fácil julgar na net, nos jornais, na TV, no café, na janela de um vizinho, em lugar de exigir na rua, à porta de S. Bento ou de Belém, e na cobardia dos votos sempre nos mesmos, como se votassem no seu clube de futebol.

Se esta mulher, ainda muito jovem, trabalhasse, tivesse uma casa, rendimentos suficientes a uma vida digna, teria cometido estes crimes?, (sim, porque não acompanhar medicamente uma gravidez, é um crime, assim como abandonar à morte um bebé também). Mas a verdade, é que parir numa barraca de lona ou atrás de um quiosque, também é crime, mas um crime nosso e não dela. Se houvesse pleno emprego e salários elevados, também a SS, teria recursos para melhores reformas, subsídios, assistência a país solteiros, etc.

Este é, por atacado, o retrato de uma sociedade que não sabe cuidar dos seus, porque ser natural de outro país, não quer dizer que não se pertença a este. Também nós fomos, ou temos alguém na família, que fomos , foram ou estão noutras paragens, procurando uma vida melhor (aqui aplica-se o velho ditado: nunca sirvas a quem já serviu). Servimo-nos deles para fazer os elefantes brancos, as autoestradas e outras obras monstruosas, e depois desprezamo-los, nem sequer lhes dando a oportunidade de criar os filhos, conforme a dignidade manda. Essa gente, cá deixa as mais-valias que engordam os bolsos daqueles em quem depois se vota, a quem adolamos. Os nossos heróis, são os Ronaldos e os Carreiras, mas é à custa desta gente vinda das antigas colonias, do Leste europeu e agora do Norte de África, que vimos o Ronaldo, ouvimos e vemos o Carreira, fazemos o Porto-Lisboa em 2 hora e meia e vemos as exposições das novas tecnologias, as mesmas que utilizamos para julgar no sofá, esta mesma gente.

Portugal e o resto do mundo desenvolvido, pelo menos no chamado Ocidente, está podre. Está-se a gerar uma geração de meninos retrógrados, apalermados, dependentes dos TLMs, das redes sociais, das drogas, a quem os pais e depois, a escola, inculcam valores menores, libertários, de desprezo pelos outros, xenófobos e racistas. Mas o mais lamentável, é que a força desta falta de solidariedade, deste pensamento, desta filosofia de sofá, de PC, está no seio dos mais miseráveis, os vulneráveis a um populismo perigoso por abrir as portas ao fascismo.

É urgente e necessário, uma nova filosofia de vida, que só a educação racional, dialética, pode transmitir. Transmitir valores humanistas, justos é solidários.

Para terminar, lembro que quem julga esta mulher, são aqueles que delas se servem e pagam; são as e os adúlteros de trazer por casa; os que frequentam as diversas religiões, pedindo perdão ao Domingo, pelos pecados da semana; os saídos de fresco dos Escuteiros; os que ganham o SMN, mas candidatos a burgueses; etc.

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