Passados três meses sobre o surgimento de uma doença de origem viral (COVID — 19), cuja origem está num coronavirus desconhecido até agora, será tempo de dizer algo sobre o que está a ser feito por essa Europa fora, incluindo Portugal.
Alarmismo, nada mais. O número de infectados e de mortos, não é superior ao normal de uma gripe, os primeiros, e de pneumonia os segundos, embora possa ser ultrapassada pela agressividade do vírus e, principalmente, pela falta de meios para tratamento, visto que os casos pneumónicos surgem com mais frequência. A diferença está nas possibilidades de tratamento, por desconhecimento do vírus, o que aumenta as possibilidades de contágio e expõe o corpo humano a uma maior ofensiva viral; no entanto, está a ser feita uma campanha alarmista, como não se via à muito tempo, cujos objectivos são ainda muito nebulosos, mas que começam a sair aos poucos do esconderijo mais negro das forças mais retrógradas da sociedade: aí está o Estado de Emergência a comprová-lo, com os discursos da direita na AR.
À custa do vírus corona, e após três meses de campanha alarmista, a Direita consegue o ensaio geral das restrições da liberdade; seguir-se-hão mais semanas com mais restrições, de maneira que quando se voltar à normalidade, estejam adquiridos hábitos que já nada tenham a ver com democracia, mesmo a actual, com todos os seus defeitos e virtudes. Seguir-se-hão então medidas legislativas e, até constitucionais, de musculação a caminho dum fascismo com rosto moderno.
Sempre, durante estes meses, me recusei a aceitar a teoria da conspiração, mas agora, que as medidas de restrições à democracia se vão sucedendo, começo a pôr em dúvida a naturalidade da epidemia viral e que esta não passa duma desculpa, premeditada, à tentativa que o sistema faz para ultrapassar mais uma crise de sobreprodução, produto da economia sem controlo.
Impõe-se, uma consciencialização global sobre os perigos que estas medidas encerram, provenientes de governos de direita. Eles tomam-nas, porque sabem que, primeiro, têm de pôr as pessoas em quarentena, não sanitária, mas fisico/psicologica, afim de aceitarem as reais medidas e disposições sociais de que necessitam para garantir os seus lucros.
Que estas coisas, para além de obrigarem a um alerta por parte dos trabalhadores, sirvam essêncialmente aos revolucionários, de lição, porque muitos pensam que primeiro têm de se cinsciêncializar as massas sem criar as bases objectivas para tal: a direita, ensina-nos.
Entretanto, concentremo-nos na realidade: à falta de liberdade já decretada, junta -se uma epidemia viral muito perigosa, que está a matar essencialmente os velhos, tal como o que foi subentendido à anos, durante a crise última, por individualidades do mundo capitalista, donde sobressaem os nomes de C. Lagard e em Portugal, Manuela Ferreira Leite.
A Filosofia desta epidemia, não é biológica, mas política e, não será admiração nenhuma, se a teoria da conspiração estiver certa, ou no mínimo, que seja um aproveitamento político e económico de uma situação natural.
Portugal esteve correcto enquanto foi a DGS a dirigir as operações de contenção; agora, tidos descambou. No entanto, e por enquanto, no campo da Saúde ainda não vai mal, e é isso que mais interessa, para já.