já diversas vezes comentei, de que a crise ambiental é o preço do progresso; é a cobrança que a natureza faz, pelo desenvolvimento social e que seria mais correcto nos ambientarmos às mudanças, do que combatê-las. A natureza regenera-se a si mesma, também ela se adaptando a novas condições.
Chegou portanto a hora, de apontar o que penso sobre o assunto, ou o que considero ser causas e soluções mais adequadas para o negro quadro a que chegamos. Radicalizar conceitos e práticas, põe fim a más práticas, mas abre o caminho a outras, quem sabe, iguais ou piores.
O que se passa?
Segundo os cientistas, os efeitos de estufa protagonizados por alguns gases emitidos pela actividade humana, estarão provocando um aquecimento que alterará o clima a nível planetário (esquecendo que ciclicamente, a Terra passa por alterações climáticas). Então, começou a especulação, conforme os lobis das diversas actividades, acusando-se mutuamente de serem os emissores mais prejudiciais. A força dos homens do petróleo é tremenda, e quem está de momento a levar com as culpas, é a produção agropecuária com a criação em massa de bovinos. Será isto verdade?
É, até certo ponto, mas, a maior força poluidora, está na queima de petróleo, que por acaso, veio substituir outra: a do carvão.
Mas então, onde entram os bovinos?
A resposta para tudo,está no hemisfério Norte, onde a sua produção ultrapassa os limites do cientificamente necessário; mas só neste hemisfério, nos países ditos desenvolvidos, bastando dividir as emissões pelo total do território planetário e, seus habitantes, para se chegar facilmente à conclusão que a gravidade destas, está na propaganda feita à sua volta.
A questão poluente, esteve, está e estará sempre na produção e queima dos produtos petrolíferos e em seus derivados, como o plástico, tintas, etc.
As causas deste desequilíbrio no desenvolvimento, estão na forma de produção capitalista, onde a sobreprodução com fins concorrenciais e super lucros, nunca olhou a meios para atingir os seus fins; onde o hemisfério Norte, saca as riquezas ao Sul, que depois concentra em si próprio, provocando desequilíbrio atmosférico. Também a produção e emissão de outros gases, como os dos aparelhos de frio, contribuem para a poluição e, mais uma vez, a concentração de frigoríficos, ar condicionados e aerossóis, se encontra no Norte.
Mas muita coisa tem de ser pensada antes de ser decretada, como o desequilíbrio no desenvolvimento, onde impor quotas de emissões, vem prejudicar imenso os países mais atrasados. As diversas tendências radicalizadas, ainda vêm prejudicar mais, como por exemplo, acabar com o carborantes em veículos, utilizando a electricidade, esquecendo que secalhar o lítio utilizado nas baterias, será ainda mais prejudicial, pelo menos a sua exploração. A questão da carne de bovino, levar-nos-à ao consumo de raimosos, o que nos prejudicará a saúde muito mais.
(Uma ressalva aqui, para lembrar que somos o que comemos e que, somos o que somos, graças ao consumo de carnes e peixes a par dos vegetais, o que quer dizer, que se todos passassemos a vegetarianos, dois problemas surgiriam: regrediriamos em questão de inteligência e locomoção e não haveria espaço agrícola para satisfazer as necessidades protéicas planetárias).
Portanto, a conclusão que se pode tirar e, confiando na natureza, quer no subsolo, solo ou atmosférica, é que o desenvolvimento humano tem de continuar, com equilíbrio científico: petróleo, lítio, nuclear, carne das diversas espécies, peixe, hidratos de carbono,.....em tudo.
O incentivo à utilização dos transportes públicos e, desencentivo ao privado; comer dentro das rações pré definidas nas rodas dos alimentos das diversas regiões, trabalhar menos horas, com avanço tecnologico; incentivar o lazer de massas ou leitura, em lugar do individualismo cibernético; adaptar às diversas fazes do trabalho e lazer à luz natural; etc., etc.....
Muito fica por dizer, mas isto são verdades que não podem ser desmentidas, apenas acrescentadas e confirmadas cientificamente, com honestidade e pessoas verdadeiramente interessadas. Ainda vamos a tempo de conviver com a Terra. Transformem-nos na maneira de pensar e agir, acompanhando o planeta e suas transformações.