Data de 1383/5, as tentativas da nossa burguesia se impor, mas os desaires, têm sido imensos e completamente desastrosos.
Aquilo que nos é apresentado como grandeza nacional, acabou por ser o enterro civilizacional da nossa burguesia. Não aproveitando as matérias primas das colônias (conquistadas à custa da morte e da miséria dos seus povos, para transformar e produzir artigos que nos lançasse na frente industrial, fazendo delas, meros meios comerciais), nunca a sua mentalidade ultrapassou a idade média e o oportunismo judaico, continuando a considerar os seus servos, como tal, e reduzindo o escasso proletariado a carneiros obedientes, enfeudados à serventia.
Hoje, a recusa em criar um SMN que liberte o proletariado do atraso e da miséria, é o espelho da falta de cultura inerente ao capitalismo, bastando para isso, ver a lista das maiores fortunas nacionais, todas dependentes do compra e vende e não da produção. A única modalidade capitalista que se tem expandido à custa da mais-valia directa, é a dos transportes, aliás como se comprova pela recente luta dos motoristas, que apenas beneficiou o patronato (transportes, que são parte da actividade comercial).
Um salário digno, trás:
— Vontade de trabalhar.
— Poder de adquirir o máximo possível ao bem estar, e poder de escolha.
— Mais descontos para a SS (melhores reformas para si e os outros, melhores subsídios na doença, maternidade, desemprego, etc.)
— Maiores impostos e consequente melhoria dos poderes do Estado.
— Mais mais-valia, com o consequente aumento do investimento, quer privado quer público.
— Etc.
Ao recusar um avanço material, a burguesia enfeuda-se ao capital internacional, principalmente ao da UE, fazendo do país, um país do terceiro mundo, de mão de obra barata, consumidor, subserviênte.
Mas há outros casos, em que o nosso capitalismo, nem para si é bom, como é o caso das empresas estratégicas, como a Galp, Edp, Ctt, telecomunicações, etc., que deveriam estar nas mãos do Estado, para assim servirem também o capital, para além do povo, fazendo progredir as empresas ( assim, limitam -se a esfolar e servir mal o povo, é dando apenas lucros aos seus acionistas).
Mas quem sou eu para dar lições à burguesia?!. Tenho de me contentar com a Revolução, mas.....até essa está cada vez mais difícil, com inimigos dentro de si própria.
Lutemos por um SMN, digno!