Ao longo dos tempos, milênios, principalmente na antiga Grécia e China, foram surgindo pensadores que sempre se preocuparam em explicar o mundo do ponto de vista dos conhecimentos de cada época. Sérios, intelectualmente honestos, sempre o procuraram fazer, adaptando as transformações do mundo material à vontade do pensamento, à vontade dos deuses.
Houve tudo, sobre tudo, procurando o saber absoluto sobre a mente humana e aquilo que ela podia realizar sobre a matéria, mas houve sobretudo, as explicações sobre o bem e o mal, tendo em conta a consciência humana, quer individual, quer colectiva.
«"deus" disse: haja luz, e a luz apareceu». Nunca conseguiram os filósofos de então, compreender que a luz era emitida pelas estrelas, que também eram matéria: não sabiam. Foram necessários muitos séculos e rolar muitas cabeças pensantes, até a filosofia partir do princípio de que qualquer pensamento, parte do conhecimento material sobre o existente: Hegel, Marx e Engels, foram os grandes transformadores do conhecimento e filosofia inerente. O primeiro não passando dum materialismo mecanicista, não dialéctico, os segundos, agarrando nesta, acabaram por explicar o movimento real, dialético, progressivo, que explica todo o processo material e social.
Em termos da procura do como, essa época foi o fim da História idealista, começando aí uma outra, onde a verdadeira filosofia, está na procura do quando, como e o porquê das coisas, que dá origem a uma maneira diferente de pensar, que por sua vez irá influenciar novos acontecimentos.
Todos os que apareceram desde então, "filosofando", acabam por ser puros charlatães procurando, não explicar, mas atrapalhar, misturando as filosofias centenárias, com o idealismo moderno, onde os pontos principais, são a colocação em dúvida de todos as afirmações, seja em discurso directo, seja em abstrato e substituindo o "deus" omnipotente em "deus" moeda. . Escrevem rimas de livros, dizendo nada sobre tudo, criticando o idealismo e o materialismo, esquecendo que ao criticar este último, quer na versão dialética, quer na histórica, estão na realidade a fundamentar o moderno idealismo, gerador do individualismo, do egoismo e das suas nefastas consequências.
Que me perdoem Sartre e Agostinho da Silva (só para mencionar dois), mas valia mais terem ficado quietos e mudos. A filosofia, está na simplicidade com que se explicam os fenômenos e não na sua complicação, que serve de consideração sobre pseudo "inteligência" e capacidade de gerência, mas que deixa os mesmos louros, para os beneficiários do costume.