Tendências pseudodemocráticas
Os incentivos à luta feminista e pelos direitos dos homossexuais, têm dominado a cena politica, quer nas instituições, quer nas ruas, dando uma aparência democrática a uma luta aparentemente justa no Ocidente, ou antes, nos países capitalistas desenvolvidos. Só que, esmiuçado o conteúdo legislativo de todos esses países, começando pelas Constituições, passando pelas Leis ordinárias, CCTs até aos costumes que mudando vão, conforme o avanço civilizacional, nada, ou quase nada, justifica essas lutas. Há muito que as legislações contemplam as razões das mesmas, excepto no plano cultural, área em que a mulher continua a ter no trabalho, não salário, mas sim trabalho desigual e que, em geral, é remunerado inferiormente. Na questão homossexual, o problema é praticamente cultural, mas numa dependência da anti—naturalidade da mesma (existem muitos homossexuais, mas sempre numa proporção mínima em relação ao resto da sociedade).
Portanto, temos duas questões culturais para resolver, o que não pode ser com legislação, mas sobretudo com a mudança de mentalidades, o que só sucederá, com a mudança de sociedade.
Então, porque se teima nestas lutas inglórias?
Na procura desta resposta, encontra—se a causa e a força para a mudança de sociedade, com o fim do salariato, que trará a consequente mudança de mentalidades, com a aceitação da igualdade nas diferenças biológicas e correspondentes maneiras de encarar a vida, seja laboral ou sexual.
É a causa, que nos vai obrigar à mudança e, esta, está na inutilidade para a burguesia, de mais produção básica a preços de mão—de—obra elevados (Para isso, tem actualmente o preço do trabalho a baixo custo na Ásia e, futuramente, em África, onde já trabalha provocando as "Primaveras" ao custo de muito sangue e das frágeis economias). Já não se justifica e, até são contraproducentes, taxas demográficas elevadas com um forte crescimento da natalidade. Falando uma linguagem popular: já não há necessidade de carne para canhão, exigindo sim o consumo à custa de salários médios, capazes de liquidar créditos e obterem alta tecnologia.
Por esta razão e para evitar revoltas populares, a burguesia, incentiva o trabalho feminino a alto nível, q b, para as suas bem instaladas mulheres, e propõe em simultâneo, a legalização e assistência humanitária na prostituição, para as pobres. Sabe de antemão, que nem dum lado nem do outro, terão crescimento demográfico que ponha em causa os seus lucros.
Os motivos descritos atrás, põe—se em idêntico plano para a questão da vida sexual, incluindo uniões de facto, para pessoas do mesmo gênero, ou para os transgêneros, porque nem umas, nem outras, dão meninos.
Neste caso da homossexualidade, é de lembrar que praticamente toda a gente, principalmente aquando criança e adolescente, tem fantasias sexuais com pessoas do mesmo sexo, seja na curiosidade em ver os órgãos sexuais dos outros, seja em desejo de lhes tocar, o que, com legalização das uniões e aceitação social da homossexualidade, leva muitos jovens à experimentação: daí até ao gosto e vício, é um passo.
São os novos tempos de uma filosofia, que sob a capa da democracia, da liberdade individual e do direito à liberdade de escolha, cada vez mais está a levar a sociedade à dependência da incultura, à violência psicológica e ao perigo da sua existência. Urge, mudar. Urge uma nova forma económica, que traga uma cultura verdadeiramente humanista.