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docarlos

                        Uma palavra de ordem tão antiga como Marx, que continua actual, mas.....


                        Será que tem o mesmo sentido de então?

                        Já abordei este assunto diversas vezes não só no blogue, como no Facebook, mas parece que continua mal compreendido, tanto à esquerda como à direita, embora a opinão desta, não me incomode. O problema, está na interpretação após a análise,  que a esquerda marxista faz desta questão.

                        O que é o proletariado, a pequena burguesia e a grande burguesia?

                        Como definição posta por Marx, o proletariado é toda a faixa de trabalhadores que não fazem nem têm outra coisa, do que força de trabalho, manual ou intelectual para vender aos detentores dos meios de produção,  a burguesia. Por sua vez, esta divide-se entre grande e pequena, conforme o volume de capital de que se vai apropriando. O proletariado,  será composto pelos produtores, a classe operária,  e os que complementam toda a gama de serviços da sociedade, quer acrescentando valor, transportadores, quer somente servindo, fazendo-se pagar pelas mais valias dos produtores.
                        Até aqui, tudo bem, conforme os ensinamentos dos grandes mestres da filosofia marxista. O problema, começa naquilo que a sociedade capitalista nos países desenvolvidos se tornou, com uma pequena burguesia a desaparecer, engolida pelo Capital monopolista e financeiro, por vezes com grandes dificuldades económicas, mas que tem a mentalidade de "rico", e, por sua vez, um proletariado, quer na esfera operária com uma especialização que chega ao mestrado, quer e, principalmente, na área dos serviços e intelectual, que tem rendimentos muito acima da média e várias vezes superior ao da chamada pequena burguesia, a tal ponto, que é esta casta bem paga, a que se apelida de média burguesia ou classe média.
                         Assim, com esta nova definição da  correlação de forças em presença na sociedade, também o conceito de caminho para a Revolução Socialista, essa, inalterável num devir, terá de ser redefinida, numa nova base material e ideológica, onde a Classe Operária, tem de ser muito mais consciencializada e instruída na questão filosófica marxista, e terá de continuar a ser a locomotiva do resto do proletariado. 
                         Não se tratam de novas alianças, entre proletariado e pequena burguesia, mas entre todo o proletariado com uma Classe Operária diferente, minoritária, mais instruída, a quem não pode ser negado o modo de vida por eles conquistado, solidária para com o restante proletariado mais carenciado, que no entanto, também ele, tem um tipo de vivência acima da média e das suas possibilidades.
                         O mundo capitalista, conquistou progressos, que os autores do Manifesto, só previam para o Comunismo. Os meios de produção, estão de tal maneira desenvolvidos, que ao Homem bastaria trabalhar metade do tempo. O crédito sem dinheiro palpável, veio dar outro estar às pessoas, em que se embrulham de maneira irreparável,a que urge pôr termo rapidamente: como?, eis a questão, pois como afirmei atrás, não se pode retirar aquilo que as pessoas já conseguiram, seja com excelentes salários, seja com o crédito forçado.
                          A anulação das dividas soberanas e privadas até determinados montantes, numa primeira fase, seja, que já estejam pagas com os juros especulativos será uma solução, acompanhada da total proibição de crédito com emissão de moeda fictícia. Obrigar a venda de produtos produzidos nos países de mão de obra barata, por preços reais do custo do trabalho incorporado, já depois de uma melhoria substancial do salários nesses países (uma TV produzida na Tailândia, é vendida na Alemanha como se lá fosse fabricada, ou seja, ao custo da mão de obra alemã), dando um balúrdio de lucro ao Capital. Tem de ficar ao encargo do proletariado dos países desenvolvidos, o ataque e desmantelamento das sedes das multinacionais, com tomada do poder sobre elas, para que o operariado dos países produtores, continue a ter trabalho. Enfim, uma série de pequenas grandes coisas, que têm de ser feitas por um proletariado muitas vezes mais bem instalado na vida, do que os operários produtores e até, do que muitos governantes e PMEs de alguns países.
                          E eis a questão fulcral!! Como conseguir o poder, para levar a efeito todas as necessidades?
                          Hoje, e tacticamente muito bem feito pela burguesia governante, nos países desenvolvidos  já não existem, ou quase não existem, Forças Armadas de serviço obrigatório, algo em que a Esquerda embarcou e com que nunca concordei, pois torna mais difícil a penetração revolucionária no meio, estando estas transformadas em autênticos "bandos" de mercenários, com os quais não se pode contar para revoluções ou golpes de estado, o que obriga a tácticas completamente diferentes, que têm de ser politicamente realizáveis, antes de qualquer tipo de luta armada; uma política de conquista política, sem se cair no parlamentarismo, pois por aí nunca lá chegaremos pela eiscacês de meios de propaganda e de luta desigual contra os meios repressivos e ideológicos.
                          Cabe portanto aos Partidos marxistas, desenvolver essa luta de gigantes, contra um inimigo comum, mas individualizado dentro de cada fronteira, estudando e desenvolvendo lutas conforme o desenvolvimento económico e cultural de cada povo. Todos podemos e devemos, dar o contributo necessário, à medida do nosso intelecto, capacidade material e possibilidade de participação. O capitalismo está no seu auge e, ainda longe nalguns sitios, do seu desmoronamento: temos de lhew dar o empurrão final, quer na subida onde ainda estiver em escalada, quer no cimo, para o precipitar no abismo da História, para dar lugar a outra sociedade mais justa.
                          Proletários de todos os países, uni-vos! Os mesmos interesses na diferença!

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