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docarlos

                          Inversamente ao publicado nos pasquins de Direita, diga-se mesmo, fasciszantes, exprimo aqui o ORGULHO DE PORTUGUÊS, DE COMUNISTA, DE HOMEM, em ver no Governo actual, gente de RAÇA, de ETNIA, e fisicamente DIFERENTES.

                          Posso estar longe dos ideais politicos do PM, mas não será pela sua descendência goesa que o criticarei.
                          O Carlos Miguel, a quem conheço desde criança, pode ser de outro Partido, mas não é por ser filho de um homem cigano, por sinal trabalhador e excelente pessoa, que o torna vigarista: já deu provas de um bom trabalho como Presidente da Câmara de Torres Vedras. 
                         Sobre a Mininistro da Justiça, para azar de alguns, atė simpatizo com os negros: amo África e é por lá que estiveram ou estão, alguns dos Homens deste planeta.
                         E sobre Ana Sofia, só vem demonstrar que ser invisual ou ter qualquer outra deficiência fisica, não tem que se estender a mão às Jonet's deste país.

                        Chegou a hora de correr com esta gente que nos tem governado: fascistas disfarçados de democratas, racistas, xenofobos, trastes da sociedade.

                        Força, António Costa, trás o PS de volta ao seio da democracia, apesar das diferenças ideológicas.

                        Àh ! Só para lembrar os pasquinheiros deste país, que um dos maiores filhos da p...... desta Europa dos ricos, é um "aleijado" que vocês amam, que se desloca numa cadeira de rodas.

                        

                       Mandam as regras, que um artigo de opinião obedeça a três pressupostos: denuncia, objectivo e estratégia, por esta ordem. Ora!, da-se o caso, que a maioria dos opinadores se limita ao primeiro ou ao segundo, ignorando os outros, numa clara demonstração de pura ignorância, ou pior, má fé.

                       Má fé, porque se alienam os leitores, com denuncias, numa clara tentativa de fazer crer na democracia, onde todos têm o direito e liberdade de criticar, deixando o objectivo à imaginação de cada um, geralmente moldada pelos opinadores do segundo pressuposto. E, ou pura ignorância, sobre aquilo que deve ser feito no plano instrutivo das grandes massas, o que parece não ser ensinado em jornalismo, filosofia, psicologia ou sociologia.

                       É desta comunicação social, onde se incluem as redes sociais, que vive a sociedade conservadora capitalista. Não interessa a ninguém, deles, que as amplas massas tomem conhecimentos com as denuncias, sonhem com objectivos crediveis e aprendam a rasgar caminhos para os alcançar. Mesmo na chamada esquerda, há muitos poucos capazes de o fazer, não, por não saberem o que querem e como fazê-lo, mas por ignorarem como explicá-lo aos outros; basta dar uma vista de olhos à maioria das publicações e comentários no Facebook ou outras redes: p. ex., é .facil dizer que os Centros de Saúde não funcionam, mas que nas clinicas privadas, a boa gestão, tudo faz  rolar bem. O que já é mais dificil, ou não convém, é dizer o porquê e o que fazer.

                       As pessoas precisam, para além de serem informadas sobre todos os acontecimentos, quer lhes digam dir ectamente respeito ou não, trabalho que o jornalismo de reportagem obriga, saberem pensar pela sua prória cabeça. Saber interpretar o que está mal, porquê, o que pretende o articulista denunciante e, o que propõe para o alcançar. Precisa-se diminuir o défice critico, apresentando um leque de soluções abrangente do pensamento social. Precisa-se que as pessoas, independentemente do seu grau académico, saibam distinguir as forças em presença e em luta, desfiar o fio à meada que são os interesses interlaçados em dado momento histórico, para que façam estes sair victoriosos, conforme os seus próprios e os da maioria. O mundo e a sociedade, só assim poderão progredir de uma maneira justa e democrática. Portanto, isto passa pelos fazedores de opinião, que no entanto, deverão ter uma actuação, não isenta, por tal ser impossivel (pode-se ser apartidário, mas não, apolitico), mas sim correcta, digna de respeito, não de alienação nem fantasiosa.

                     É necessário que urgentemente, todos os que se dedicam a opinar, seja sobre o que for e a posição ideológica que tenham, o façam com didactismo. Demonstrando com factos, com provas, o que está mal e porquê. Dizendo o que acham ideal nessa situação. E, o mais importante, como consideram possivel alcançar esse ideal. 
                     Mesmo o alinhamento de um jornal televisivo ou radiofónico, deve obedecer a estes pressupostos, desde que as peças se encaixem umas nas outras, conforme os temas abordados, sobretudo os opinadores de serviço, que para além de se exigir, agrangerem o leque ideológico de toda a sociedade, deve-se também exigir deles a formação em ensinar os telespectadores e ouvintes, senão não passam de new-opinionistas, que em lugar de opinar sobre o fundamentalismo cristão, opinam sobre liberalismo.
                     Se isto não for feito, não se passará de opinionologia de trampa, cujo único fim, é mais do mesmo.

                        Esta é a pergunta do momento.
                        Incrivel, como num instante, a direita se uniu em torno de Marcelo Rebelo de Sousa. Eles sabem, pelos vistos, melhor do que a Esquerda, como é importante ceder nas suas ambições pessoais, em favor das de classe.

                         Que se passa na esquerda? Quantos candidatos e, o mais importante, que defendem eles?
Como de habitual, os comunistas apresentam o seu próprio candidato, mas cujo propósito, é sempre o de explicar aos portugueses, o papel que do PR, em determinada altura e circunstâncias, face à Constituição. É uma candidatura de formação civica, que será sempre de desistência em favor de um candidato que reuna um concenço mais alargado e melhor posicionado para derrotar a direita, geralmente numa segunda volta. Mas, e os outros? Já se ouviram Maria de Belém ou Sampaio da Novoa explicarem o motivo das suas candidaturas? Não. E a falta desta justificação, só é justificavel, com a ambição pessoal de ser PR.
                        E a Marisa Matias, como justifica o BE, a sua  candidatura, se apareceu depois da do Edgar? Se for para o mesmo, não valia a pena, se foi para defender as posições do Bloco, está incorrecto, porque cai no mesmo erro de Cavaco. Depois, temos todos os outros, dentro das ambições pessoais e, em algo comum: a divisão e pelos vistos, dar a victória ao candidato da direita, que, andou anos e anos em campanha, partindo em larga vantagem. Vantagem essa, que as sondagens, não como reflexo das intensões de voto, mas fabricantes de intensões, ainda ajudam.
                       E o PS? Quer um PR socialista ou não? Quer um PR de esquerda, ou não? Quer um defensor da Constituição ou não?

. Tanta gente a candidatar-se, dá vantagem a quem concentra os votos em si. Marcelo, se aparecer nas urnas com previsões de 47/8%, deixando o segundo na casa da dezena (17/18%), levará os eleitores a dar-lhe o suficiente para a eleição, por considerarem inutil o voto noutros ou por abstenção. A esquerda, tem até 14 de Janeiro, para se definir. Se Marcelo Rebelo de Sousa, for eleito, irá procurar conflitos inter partidos de esquerda, para dissolver o Parlamento, e continuar o trabalho de Cavaco: não tenhamos ilusões.

Agora que a Russia e a China se preparam para acabar com os mercenários de Alá, os seus verdadeiros mentores e apoiantes, escondidos com o rabo de fora, não aguentam, e mostram a verdadeira face. Até pode ser verdade, que aviões russos tenham violado espaço aereo turco. Pode acontecer no calor de uma batalha ou por erro humano, mas nada justifica que se abata um avião, que em principio estará em combate contra um inimigo comum. Este incidente, mostra o verdeiro lado de cada um, com a agravante, de que a Turquia sabe que os russos não podem retaliar, sob pena da entrada de toda a NATO no conflito, que é como quem diz: a III Guerra Mundial. Mas não pode haver segundo incidente......... Sabem "rezar"?

                        Numa postagem colocada na rede social, facebook, um amigo destas andanças, deu a conhecer um texto sobre a época revolucionäria que se seguiu ao 25 de Abril da autoria de Francisco Martins Rodrigues, onde se retoma a teoria de que a Revolução Socialista, era desejavel e possivel, deitando as culpas do insucesso à pequena burguesia revolucionária, que estaria anichada no PCP, não sendo este o Partido necessário ao exito da Revolução, aliás, acusação essa que se mantem nos dias de hoje. Mas será assim? Correndo o risco de me repetir,  vejamos então: Se agora, apesar da produção capitalista global, o mundo continua dividido administrativamente e, o próprio capital com produção multinacional, continua sedeado num só país, tornando impossivel uma revolução também global, até porque não existe uma internacional comunista que a coordene, naquela época, muito mais dividido estava, incluindo a existêcia da teoria marxista proveniente da época de Staline, da coexistência pacifica entre os dois sistemas. Sabendo isto, pergunta-se, se realmente haveria condições para a Revolução, não só para a tomada do poder (forças militares e politicas capazes de a levar ao exito), como principalmente, para aguentar e levar à consolidação um regime socialista?
                        Todos sabemos, que o PCP, era forte, mas pequeno em gente formada no marxismo. Todos sabemos, que também os comunistas, sofriam de um défice politico/filosófico em resultado da clandestinidade. Todos sabemos, que o Pa rtido foi invadido a seguir ao 25 de Abril, por muitos oportunismos, como se viu anos mais tarde.
                        Para saber se existem condições históricas para uma revolução socialista, é necessário ter conhecimento do marxismo histórico e do marxismo dialécti co. Há a obrigação por parte dos marxistas, de saber que a história das sociedades é feita na luta de classes, que esta provém da existência das mesmas, que por sua vez surgiram com as relações de produção resultantes da detençåo dos meios produtivos. Assim, será facil chegar à conclusão, de que o materialismo histórico, sem o ser apenas, é no entanto, essencial mente a história da economia, das relações de produção, sendo tudo resto: ideologia, religião, organização do Estado, sistema de ensino, etc. ,uma consequência e um auxilio à economia estabelecida.

                         Se tivermos sempre em conta o atrás descrito: economia, divisão em países, falta de uma internacional c omunista e ainda, alianças económicas e militares, deslocação da concentração operária dos países desenvolvidos para os em vias de desenvolvimento, dependência económica, etc., pergunta-se ligitimamente, se há, ou houve na época, condições para a revolução? Se foi ou não correcta a posição que salvaguardou a democracia burguesa que substituiu o fascismo. < br />                         É certo que havia em Portugal uma quantidade muito maior que agora de operários, mas eram o suficiente para manter um país que ficaria isolado? É que o problema, é esse mesmo: manter o país, com o máximo possivel e assim não depender do inimigo, ou mesmo de outro país socialista, como era o caso de Cuba que após a queda da URSS, ficou atrofiada. A nossa Classe Operária, estava concentrada na CIL, porque a do Norte, era um caso completamente diferente, onde quase todos os operários, tinham um pouco de propriedade agricola que lhes poderia valer em caso de desemprego, que é algo que temos a obrigação de saber: muda a mentalidade.

                           Então, que fazer: a tentativa de revolução, e o mais que evidente contra golpe fascista? A revolução a ferro e fogo, e deixa-la escapar alguns meses ou mesmo semanas depois, com consequências ainda mais graves, como a guerra civil, perdida à partida? Ou consolidar a democracia burguesa, conquistada com o 25 de Abril? A resposta é obvia, para to dos aqueles que rejeitam o aventureirismo: a consolidação da democracia burguesa, com o máximo de controlo possivel do Estado e este, com o máximo de Controlo constitucional.
                          Claro que sabemos que a pouco e pouco, se não houver força de combate, a burguesia vai reconquistando o perdido. No entanto, esse combate vai forçosamente perdendo densidade devido às condições económicas criadas pelas circunstâncias, como o desemprego, os baixos salários, etc., mas sem Classe Operária, que domine o Partido nas proporções necessárias, não poderá haver revolução e, é isso que acontece na actualidade em todo o mundo ocidental, onde esta classe cedeu o lugar a um proletariado de serviços, que não produz, que não é explorado naquilo que produz, que recebe salários baixos, à custa das mais-valias criadas onde se produz, que de momento, é nos países em vias de desenvolvimento. Portanto, está nas mãos dos operários e partidos comunistas dos paises em vias de desenvolvimento, a revolução, ou se espera que estes passem a serviços, juntando-se ao nosso clube, e passem a batata quente aos agora mais pobres, para onde obrigatoriamente, um dia, o Capital passará a produção?
                         Dirão agora os marxistas mais inflamados: isso é revisionismo! Claro que é.
                         Esperar até que o capitalismo morra, é revisionismo, é negar a luta de classes e o papel do proletariado. Até porque se os países agora em desenvolvimento, entram na esfera dos desenvolvidos, como prestadores de serviços, dependentes do agora terceiro mundo, o capitalismo entrará em colapso violento, com guerras sem sentido, numa tentativa de sobrevivência por falta de capacidade de sustentação dos povos. Portanto, não se pode deixar chegar a esse ponto. A passagem a outro tipo de sociedade, tem que ser agora. Mas que tipo de sociedade, se nos paises mais ricos, jä não há proleteriado produtivo?
                         E é aqui neste ponto, que está a segredo de uma boa análise marxista. Terá de haver uma sociedade politica, intermediária, entre o liberalismo actual e o socialismo, até que hajam condições para o mesmo. Tem de ser uma sociedade, de caracter popular, onde caibam operários, proletários não produtores, proletários aburguesados com o modo de vida liberal, inteléctuais independentes, pequenos produtores, etc. A Grécia, e agora Portugal, estão a dar um ar de sua graça, e também outros países começam a ter movimentos nesse sentido. Mesmo partidos tradicionais, como o Trabalhista em inglaterra ou o PS em Portugal, por oportunismo ou não, começam a compreender que têm de tomar posições anti capitalistas, liberais e que o perigo fascista, é real.

                         Se por um lado não podemos ser aventureiristas, como o queria a Extrema Esquerda em 1975, e até agora o defendem, pois isso levará à derrota certa, atirando o país para decadas atrás, também por outro, não podemos cair na conciliação de classes à espera dos bons ventos. Tem de ser algo dirigido pelo povo, mas que contente certa parte da burguesia, exactamente a que oferece mais perigo nas suas incertezas.

                         Sim, não há engano. Estou mesmo a referir-me ao Grupo dos países, cuja economia governa o planeta, o chamado G 20, que agora tem mais um membro, mas cuja partIcularidade, é não ser reconhecido pela ONU e, portanto, se encontrar diluido no outros 20. A sua influência é tal, que a reunião que decorre no momento, é-lhe totalmente dedicada.

                         Este país, ou pseudo país, é o maior comprador de armas do mundo, o terceiro ou quarto fornecedor de petroleo, o responsavel pelo reforço das policias no mundo e pelo consequente caminhar para o fascismo, a barricada atrás da qual, o sionismo se vai aguentando poderia ser, etc. Sim, estou a referir-me ao autodenominado, Estado Islâmico.

                        Tanta hipocrisia, santo Alá. É inacreditavel, como gente que por cá urra pelos Direitos Humanos, por lá, corta cabeças por interpostas pessoas, cuja afinidade connosco, só possuem as duas pernas, sendo no restante uns assassinos sem paralelo, a não ser no nazismo.

                        Este Estado Islâmico, de que de islâmico nada tem, é sem sombra de duvida, o braço armado do Clube de Bilderberg para o Médio Oriente. Por missão, tem colocar no poder, governos submissos ao imperialismo, afim de garantir o que resta dos jazigos de Petroleo e a água ao estado sioniosta de israel.
                        Portanto, não nos iludamos: com Rússia ou sem ela, por muito boa vontade e acção eficaz que tenha, este problema é pela via da força irresoluvel, como também não se resolve com as medidas de segurança na Europa ou nos EUA. Este problema, resolve-se pela via inversa. Pela paz, pela defesa dos países envolvidos, pela democracia, pelo ensino da juventude desses países, pela criação de trabalho nos paises onde os mercenários são recrutados......, por uma mudança radical nas politicas dos países ocidentais, patrocinadores desta barbarie.

                Despir o Homem de todo o sentido de vivência social, eis o objectivo primário da actual burguesia.

                Trazer à sociedade, a questão das liberdades individuais com o prossuposto das leis darwinistas da evolução na base da sobrevivência do mais forte, do mais bem adaptado e aniquilação do mais fraco, tornou-se na palavra de ordem, sobre a qual assentam toda a panóplia de Direitos Humanos, justificando assim, o "direito" de todos a terem as mesmas oportunidades, mas só alguns a serem os possuidores ds meios de produção e da consequente riqueza produzida.
                 No entanto, esta formula filosófica nascida com a revolução burguesa, é a mais pura contradição às próprias leis da evolução de Darwin, que dão a algumas espécies, entre elas o Homem, a necessidade da vivência em grupo, em sociedade (impensavel um macaco, uma abelha uma formiga, viverem isolados). Contradição essa, mais agudizada com o próprio desenvolvimento produtivo sobre o qual assenta o capitalismo,onde a prdução em massa, entra em contradição com as relações de produção.
                 O Homem, não pode ser individualista para consumir aquilo que produz socialmente. Já não há nenhum objecto, produzido integralmente por um só individuo, a não ser no caso do artesanato, que passou a ser artigo de luxo. Qualquer componente electronico, p. ex, por mais pequeno que seja, tem por vezes dezenas de executantes, que para isso ganham um salário, mas cujo lucros de fabrico, vão parar exclusivamente aos bolsos do capital detentor dos meios de produção.
                 Gritar aos sete ventos pelos Direitos à liberdade individual, à propriedade privada, à livre expressão do pensamento quando este é condicionado, é um atentado à inteligência do ser humano, à vivência comum, à distribuição justa da riqueza produzida. Uma serie de meios, que vão desde a escola, igreja, comunicação social, video jogos, literatura de cordel, diferenciação salarial para trabalho igual, submissão e exclusão no feminino ou o seu inverso, com o insentivo à luta da mulher, jogos, concursos, etc, alienam as grandes massas de tal maneira, que a competição, a luta pela supremacia sobre o vizinho, o colega, o amigo, até o companheiro/a e os filhos, tornou-se uma necessidade subjectiva, em detrimento daquilo que faz andar a História: a luta de classes. Viver só, isolado do que o rodeia, provoca atraso ideológico; faz esquecer os deveres de solidarie dade, semeia o ódio, a inveja, o reconhecimento dos mesmos direitos ao outro; cria um sentimento de superioridade e impunidade sobre o seu semelhante; não reconhece que veste a camisa que o outro fabrica, mas lembra que ele come as batatas que semeia e colhe.

                 O Homem, está hoje reduzido à sua expressão mais infima, o seu ser. Cada individuo, já não é uma parte do todo, mas apenas si próprio, os outros não interessam. A tal ponto está individualizado, que até na saúde, catastrofes, na morte, cada um se julga livre e que os acontecimentos são exclusivos dos outros; os acontecimentos em França, demonstram bem isso.
                 Mais acima, sublinhei a questão da luta das mulheres, por ser uma das emblemäticas da destabilização da vivência em comunidade: a independência feminina no casamento, secundarizando o homem pela condição muito especial da mulher na maternidade, é um passo muito importante para a desagregação da sociedade. Repentinamente , muda-se, quase da submissão total da mulher, no seu oposto, sem que se tenha preparado a sociedade para o choque, onde o Homem com uma cultura ancestral de poder, se vê reduzido a pouco mais que nada. Um dos poucos pontos de vivência social, é com a família, ora, um divorciado ou solteirão, perde todo o contacto com essa realidade, e se for pai/mãe solteiro, então é o descalabro, para si e para os filhos, que por sua vez irão ser independentistas.

                Já não se vai ao barbeiro, cabeleireira, mercearia, ao café, ao cinema e teatro, confraternizar. É toda uma vida em corrida, em que cada um por si, cuida de si. É necessário criar condições para viver em sociedade, para a sociedade. Em casa e no trabalho, onde toda esta educação, tem a sua base, é preciso desligar o botão da TV na hora da refeição conjunta, fazer do PC, essencialmente um instrumento de trabalho e consulta, ter uma conta bancária única para a familia, conversar enquanto se come, tomar decisões conjuntas, saber ouvir o parceiro, os filhos e os pais, amar a qualquer hora, e não só à noite na cama, por obrigação. No trabalho, lutar sempre em conjunto porque o inimigo é comum, independentemente das simpatias que se tenha, etc. Resumindo, não se pode deixar criar divisão. A vida em solidão, com muita gente à volta que se ignora, é o principal inimigo do Homem, e a aliada perfeita dos exploradores. A estes, já não basta dividir organizações, paises, etc., também têm de dividir os seres humanos entre si. A sociedade de consumo, é o ponto de partida para a individualização.

                 Não se pode deixar que isto aconteça. Não se trata da solidariedade para com os aflitos, os pobres, os doentes: trata-se da solidariedade total, entre os seres humanos. Isolar sim, os "maus", os exploradores, os belicistas, os verdadeiros criminosos.

LAMENTAVEL Que gente inteligente, gente de esquerda, gente que grita bem alto que vota CDU, tenha colocado hoje a sua foto de perfil nas redes sociais, com a bandeira de França como pano de fundo. Então, e nos outros dias todos, não o fazem com as bandeiras da Siria, do Iraque, da Libia ou da Palestina? Há povos de primeira e de segunda? Sabem porque estou indiferente aos atentados? Porque aqueles que por lá choram, ou mesmo as vitimas, são os que se sentam no sofá ou no café, a ver televisão e a ler os jornais, e a gabar os herois pilotos da Força Aerea francesa, que despejam toneladas de bombas em cima do povo sírio. Posso lamentar as vitimas de ontem, mas quero que TODO mundo saiba, que lamento muito mais a guerra e as suas vitimas onde os franceses a fazem. Enfim......., hipocrisias!

Blá, blá, blá......., blá, blá,blá........, blá, blá, blá....... Cada um, tem o que merece, com alguns inocentes à mistura. Votem na Le Pen, nos Holland's e, sobretudo, corram com os imigrantes e aumentem a intensidade dos ataques no Médio Oriente. Vão à m............... !!!!!!!! Para onde caminhamos? É urgente uma varridela na politica ocidental.

                        São duas, as doenças do marxismo-leninismo: o revisionismo e o esquerdismo.

                        Na primeira, a filosofia de Marx é revista e utilizada numa prespéctiva de justificar a ideologia de direita, afim de fazer prevalecer o poder do capital, agora, porque quando surgiu em força, tinha como objectivo o regresso da sociedade capitalista, sendo inclusive, levada à victória na pátria do socialismo. Em Portugal, deu ares de sua graça com o PS, e todos aqueles que foram considerados renovadores do PCP.
                       O revisionismo, tenta provar que a iniciativa privada, o mercado, na economia, é que é o motor da história, ignorando a luta de classes, fazendo a sua aliança. O revisionismo, tenta manter as classes e os seus representantes, partidos e parlamentos. O revisionismo, ė o colo dos oportunistas, que se auto intitulando de comunistas, tentam assegurar os lugares politicos, sendo lacaios do capital, como o provam a Seabra ou o Magalhães ou então os ideologos como o Vital Moreira. O revisionismo, é simplesmente uma pseudo adaptação do marxismo, às mudanças da vida real.

                       O esquerdismo, será o seu contrário: a estagnação da filosofia marxista, num determinado momento histórico, fazendo pravalecer as necessidades desse momento, como necessidades em todo o futuro a partir dele. Em Portugal, manifestou-se antes do 25 de Abril, através do MRPP, continuando com uma série de grupelhos, de onde se destaca a UDP como Frente do PCP (R). Desfeitos pela própria natureza da sua contradição de incapacidade para ler os acontecimentos e quando deixaram de ser uteis ao capital, como montra negativa do marxismo, acaba diluido no seio da burguesia, sendo raros os casos de autocritica e volta ao maxismo, ou mais propriamente, ao leninismo.
                      No entanto, esta questão do esquerdismo, está sempre de volta por má formação dos comunistas, incapazes de uma leitura consequênte: vivem no passado, nem que este tenha sido ontem. Hoje, no Portugal do século XXI, 41 anos depois dos tempos revolucionários, com uma identidade perdida numa UE supra capitalista, de que depende toda a economia, comunistas, homens sérios e lutadores, continuam amarrados ao chamado PREC, ou pior, vivem de forma seguidista o partido, sem opinião própria, fundamentada, discutida no seio dos marxistas, prejudicando-se a si, à sociedade e ao Partido. Para eles, quais quer medidas do partido, tomadas fora do ambito socialista, ou é revisionismo ou são medidas pontuais, incapazes de analisar a sequencia das condições objectivas que vão surgindo. Para eles, qualquer democracia burguesa, é praticamente igual entre si, incapazes de diferenciar uma democracia como a surgida na nova Grécia, da dos paises nórdicos ou britânica. São incapazes de ver a diferença entre sociais democratas, tipo SYRIZA e o PSD ou os Trabalhistas, as suas composições de classe, ou tipo de medidas capitalistas que tomam, e o que elas podem fazer a um país. São incapazes de fazer uma leitura histórica daquilo que se passa na Europa e no mundo desenvolvido, onde a classe operária quase deixou de existir e, a que resta, foi alienada com as migalhas das colónias e da exploração do capital nos países em vias de desenvolvimento e do terceiro mundo; uma classe operária, completamente incapaz de conduzir uma revolução. Quase que se pode dizer, que em termos revolucionários, o mundo que pela lógica, deveria estar pronto para o socialismo, regrediu.

                       Sim. Não comparei a situação portuguesa à grega, é impossivel, mas fiz determinada analogia, e empurrei a continuação da fuga das politicas mais reacionárias na Europa, para a esquerda, dando o beneficio da duvida ao SYRIZA, tal como dou agora ao PS e ao BE, porque no PCP, não é beneficio da duvida, mas certezas. Um PCP, que a anos luz das posições sectárias e esquerdistas do Partido grego, sem medidas revisionistas, viu e vê a realidade com olhos de ver, apoiando medidas pontuais que nos podem abrir o caminho a uma autêntica politica socialista. Era e é urgente, antes de mais nada, afastar o grande capital da governação, nem que para isso, tenhamos de engolir mais algum sapo.

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