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docarlos

Sr. Presidente da República V. Exa. é uma vergonha para os portugueses. O que acaba de fazer, é uma traição ao povo, que maioritáriamente votou contra os que nos últimos anos devastaram, o já pouco que Portugal tinha, após o senhor, ter sido 1° Ministro. V. Exa. vai provocar o caus económico, ao manter o país dependente de duodécimos, no caso de teimar em manter a Coligação de Direita em gestão, até abandonar o cargo que infelizmente ocupa. Caus que nos pode levar aquilo que, nós, bem informados, não queremos: novo resgate. Ou mesmo aquilo que o Senhor Presidente, diz não querer: saída do Euro e da UE, mas sem preparaçåo, o que poderá ser muito penalizador. Sr. Presidente. V. Exa., acaba de desrespeitar a CRP, a mesma que jurou defender. Uma diferença muito grande em votos e em Deputados a mais na Esquerda. V. Exa., acaba e se declarar, encapotadamente, inimigo da democracia: Portanto....... DEMITA-SE !

                       Pergunta-se por aí, como é que o P"S" poderá aguentar um Governo apoiado pelo PCP (CDU) e BE, quando estes partidos são na sua essência anti europeus, desta UE? Bem, é muito simples. Trata-se somente dos superiores interesses do povo português e, como tal, saber aproveitar a onda de esquerda saįda das eleições.Mesmo burguesmente falando, ou politicando, Portugal de momento já não tem a pressão chantagista da Troyca, estando apenas agarrado a cumpromissos promessas e a tratados orçamentais.
                       Uma promessa de cumpromisso, é isso mesmo, uma promessa que só será cumprida se necessário for para cumprir cumpromissos; um tratado orçamental, orienta de forma obrigatória, se assim quinzermos interpretar a nossa posição na UE, a questão do défice da divida em relação às receitas públicas. Nada, exige no TO, a rigidez das rubricas e suas despesas ou receitas, contando apenas o seu resultado final.

                       Então, o que fazer? Simples. Tira-se nuns sitios para pôr nos outros. Vou dar um exemplo, simples, que qualquer pessoa faz em sua casa.

                       Vamos supor, que o rendimento de uma familia, é de 800,00 € mensais. TV, net e fixo, ficam por 50,00 € aproximadamente, e os telemoveis, dois, ficam por 30,00 €. Arranja-se um pacote numa operadora de 4 em 1, que fica actualmente por cerca dos 50,00 €. Resumo, poupa-se 30,00 €, sem perder serviços. Esses trinta euros dão para: 5/6 refeições de prato do dia, fora de casa; ou, em contrapartida, 60 pacotes de arroz; ou 40 pacotes de massas; ou 6 quilos de carne em média; ou 60 quilos de batatas; ou 6 quilos de peixe em média; ou 20 pacotes de temperos; etc. Tomem noção, naquilo que se pode fazer sem mexer no orçamento de 800,00 € ?!
                       Transposto isto para o nivel nacional, teremos que lidar, não com algumas centenas de euros, mas com milhões: que fazer?
                       P. ex., é necessário urgentemente, dotar as policias e bombeiros dos meios à segurança e socorros, então, retira-se aos passeios "humanitários" que as Forçças Armadas fazem na guerra dos outros, e aplica-se o dinheiro onde é necessário (Esta posição, não corresponde à saída da NATO, pois só Portugal e toda a sua Zona maritima, podem estar ao serviço desta organização). É necessário abrir escolas e Centros de Saude, revogam-se as compensações nas portagens e as swaps.
                       Isto são apenas exemplos, autenticas brincadeiras de criança, para que todos possam compreender que a linguagem "técnica" utilizada pelos comentadeiros de serviço nas televisões, não passa de charlatanice cujo objectivo, é, manter as pessoas simples, longe da realidade.

                      Portanto, a exigência imediata, é a de um Governo que governe para os portugueses que trabalham e não para os parasitas. Esse governo, pode e deve ser constituido ou ter o apoio parlamentar, de todos aqueles que, embora diferentes entre si, tenham alguns e humanistas, pontos em comum, mesmo que saibamos que o P"S" tem desde 1974, sempre alinhado com posições de direita e europeistas, e que o BE, tem servido os interesses do P"S", apesar da sua "independência".

                Nada como  a situação de Portugal, saída das eleições de 4 de Outubro, a Grécia ou a Espanha, para se ver a correpondência entre patriotismo (não o nacionalismo, que é outra abrangente) e o internacionalismo dos povos, ou do proletariado se assim o classificarem.
                Antes de mais, clarificar a diferença entre patriotismo e nacionalismo, ou entre pátria e nação.O primeiro é o espaço entre fronteiras, criadas pelos senhores feudais, em muitos casos há muitas centenas de anos e consagrados pela burguesia no capitalismo, de que Portugal é exemplo; o segundo, o espaço constituido pela mesma cultura, lingua, religião e outros traços similares, como o caso do Mundo Arabe, ou mesmo aqui mais perto, com a Galiza e o Norte de Portugal, ou a Catalunha e o Pais Basco.
                Portanto, o que está em jogo, no ponto de vista marxista, será o patriotismo e o internacionalismo daí inerente, ou seja, a tentativa dos povos para a formação de uma só pátria, a Terra, o que acabará por agrupar uma sociedade multinacional, onde as diferenças se irão esbatendo ao longo de milhares de anos futuros.
                         
                O internacionalismo por simpatia
                Desde dezenas de anos, que não existe uma internacional comunista, reguladora da acção dos diversos Partidos Comunistas; quanto muito, existem movimentos comunistas internacionais, em que se trocam informações e experiências, mas nada vinculativo. No entanto, a exploração cada vez mais desenfriada a que os povos e o proletariado em particular estão sujeitos, obrigam, mesmo sem regulação, a que os mesmos povos olhem e tomem como seus, os movimentos constestatórios e consequentes inclinações de voto em eleições burguesas, nos outros lados: o caso da Grécia, é revelador.
                Sem haver qualquer coligação tão abranjente como a do SYRIZA, os portugueses votaram no entanto   maioritariamente, em todos os partidos que, programáticamente, podem ser considerados de esquerda, constituindo assim uma Frente, desgarrada, mas Frente democratica de constestação à politica de direita levada a cabo desde 2011, mais tudo o que está para trás e da responsabilidade do próprio P"S", a quem se viu agora, a mudança de liderança, foi benéfica, pelo menos, aos olhos dos votantes.
                Sou dos poucos, que ainda acredita no SYRIZA, dentro do contexto europeu e burguês. Para mim, a grande coligação grega, ainda não está derrotada, e basta uma governação séria e conseguir a reestruturação da divida, para que o país progrida e, pelo menos, saia do fosso em que caíu. Ora, em Portugal, com este resultado que em muito tem como exemplo a Grécia, chamo-lhe internacionalismo por simpatia, pode-se também alcançar bons resultados. Não o que seria necessário, que era uma revisão da estadia no Euro e na UE mais a NATO, mas resultados de crescimento, recuperação do poder de compra e melhores serviços do Estado, com mais investimento público. A questão da restruturação da divida e do Euro, virá mais tarde, quando os efeitos da subida dos juros se começarem a sentir, e a sede de poder do P"S", os fizer pensar seriamente no assunto. Isto, se entretanto a Grécia, mais uma vez o internacionalismo, não conseguir alguns feitos económicos, e obrigar por convencimento os "socialistas" portugueses a embarcar. É que uma vitória económica da Grécia, representa a derrota final, porque a intermédia já está (sou o único que acredita por aqui) da UE e da politica de suga do mundo financeiro de Bruxelas.

               «Proletários de todos os países, uni-vos»

               Esta palavra de ordem de Marx e Engels no Manifesto, apesar de não fazer sentido imediato, acaba por ser posta em prática, mesmo sem elo para ligação material. Foi a Grécia, agora esperemos que dê resultado, embora diferentemente em Portugal, e de seguida virá a Espanha. A posição do Partido Comunista Português, de Os Verdes e do BE, não colocando à cabeça as questões internacionais, Euro, UE e NATO, acaba por ser a posição do SYRIZA e que o KKE rejeitou desde inicio, levando a muitas cedências da Coligação grega, que possivelmente não se teriam dado. A posição dos partidos de Esquerda em Portugal, foi altamente responsavel, em particular a dos comunistas, que assim rejeitaram quaiquer extremismos, pondo à frente dos interesses partidários, o socialismo e o comunismo, os interesses imediatos de Portugal, num contexto internacionalista muito mais amplo. Com esta posição, podemos ainda ajudar o povo espanhol e outros que se lhe seguirão nas próximas escolhas politicas. É a grande oportunidade para os povos se começarem a libertar do jugo fascista com pelo de democrata.
Mesmo que o P"S" acabe por ceder à Direita, o que já é pouco provável, muita coisa já ficou feita e que não poderá voltar atrás.

               
             

                       

                        Tal como previ, a política de Direita, que pretensamente serviria para salvar Portugal, - leia-se bancos - da bancarrota, mas que acabou por enterrar ainda mais a nossa já fraca economia, foi derrotada nas urnas por cerca de 800 000 votos, ficando na AR com uma minoria de Deputados.                         E agora que vai fazer o Partido "Socialista": vai aliar-se mais uma vez à Direita? Vai assobiar para o lado, e abster-se na AR? Ou vai fazer exactamente aquilo para o qual o povo, os seus votantes, o mandataram...., derrotar a coligação fascista na AR e, com o PCP, Verdes e BE, governar Portugal, na senda do progresso? Já agora, que vai fazer o PR: cumprir as ameaças veladas que fez, ou cumprir a CRP?                        POVO. A luta ainda não acabou. Está agora a começár!                        Adivinha-se mais uma traição do P"S", com abstenções ou mesmo alianças à direita. Se incluirmos nas contas, pequenos partidos que ficaram fora da AR, possivelmente, aproximamo-nos dos 900 000 votos de diferença: muita gente, num universo de cerca de 5 milhões de votantes. Se a estes juntar-mos os votos nulos, brancos e a esmagadora maioria dos abstensionistas, gente que o faz sob protexto da politica seguida nas ultimas decadas, estaremos perto dos 7 milhões que disseram NÃO a PPC, Portas e Cavaco & Cia. Mais uma vez, Direita reaccionária, ganhou com cerca de 20% dos votantes possiveis. Quer o P"S", que o PCP, Verdes e BE, abdiquem das suas posições anti europeistas. Se será facil ao Bloco fazê-lo, partido constituido por meninos pequeno/burgueses, a quem mais uns euros já contenta, nunca poderá contar com tal, por parte do PCP. A história está aí a provar a razão dos comunistas, quanto à sua posição sobre a UE e o Euro. Claro, que quer cedessem quer não cedendo, o P"S", irá sempre aliar-se à Direita, a não ser que suceda um milagre. Em declarações à TV, um famoso palhaço da nossa politica, disse que o P"S", vai "fritar em lume brando, a coligação" deixando passar algumas coisas, até que daqui a um ano e meio, dois anos, aliar-se-à ao BE e ao PCP numa Moção para derrubar o Governo: e tem razão. Vai fazê-lo, quando vir oportunisticamente, que tem condições para ganhar eleições antecipadas. Tem razão esta alma penada da nossa politica. Assim, a luta tem de continuar. Assim, a campanha eleitoral tem de prosseguir por parte da CDU, todos os dias, todas as horas. Cada militante, cada simpatizante, tem de garantir um objectivo em votos para daqui a dois anos, no máximo. Tem da haver um esclarecimento do povo, um trabalho de sapa, junto de velhos e novos, de pobres e classes médias, principalmente destas, que constituem a maioria do proletariado português. O trambulhão não foi grande, ou mesmo nenhum: apenas não foram alcançados objéctivos (não confundir com os objectivos de victória do P"S"). A CDU, tem de se alargar a outras forças de esquerda, respeitando a sua identidade, mas que tenham objectivos identicos essênciais, como o caso da independêcia em relação à UE. Tem de se demonstrar pelo metodo marxista, fazendo ver como se analizam situações conflituosas, identificam contrários e resolver qual deles tem de sair vitorioso desse movimento, conforme os interesses de momento, junto das populações de mais fraco conhecimento. Ninguém morreu, apenas ficamos desiludidos. Levantar a cabeça, e dizer bem alto: EU POSSO E FAÇO !

É NÃO SÓ UM DIREITO, COMO ACIMA DE TUDO, UM DEVER. Direito, porque inserido nos direitos conquistados no 25 de Abril, e garantidos pela Constituição. Dever, porque em Portugal, não há outra força politica, representativa dos extratos da população mais sofrida com a politica de Direita seguida nos últimos 40 anos. Um dever, garantido pelas politicas consequentes, defendidas pelo PCP, como resultado de uma análise marxista, dialéctica marxista, da evolução histórica da sociedade portuguesa. Um dever, porque o único Partido que deveria assumir a defesa das classes médias, o P"S", tem-se limitado a trair os seus próprios ideais, como o demonstra a celebre frase de Mário Soares, "pôr o socialismo na gaveta". Um dever, porque os Deputados da CDU, seja na AR, PE, AM, AF ou CM, são os mais honestos, competentes e trabalhadores. Os únicos, que não tiram vantagens pessoais dos cargos que ocupam. Um dever, porque toda a História de Portugal, de antes e após o 25 de Abril de 1974, tem nos militantes comunistas, nos verdadeiros democratas, os defensores do Povo. No Domingo, 4 de Outubro, VOTA CDU, vota por ti, vota po mim, vota por quem trabalha e produz, vota por Portugal, pelo mundo uno e de paz.

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