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docarlos

                                          A propósito de um artigo publicado no Jornal de Negócios on line, no dia 13 de Janeiro, de autoria Mouriel Roubins(http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/economistas/nouriel_roubini/detalhe/que_futuro_para_os_trabalhadores.html#.VLWKoogKq58.facebook),
é melhor escalrecer os mais incautos, que o futuro não é pré determinado nem o sistema que a esta crise de produção/distribuição levou, é o fim da História. Há mais para além do presente; há um futuro mais justo e radioso. Este artigo, como não poderia deixar de ser, é o ponto de vista do Capital, e pretende incutir nos povos, nos trabalhadores, a ideia de fatalidade quanto ao futuro.
                                         O aumento da rubotização, da informática, da incrementação da chamada produtividade, ou seja, da relação tempo de trabalho/ quantidade de trabalho, sem duvida que no capitalismo, provocará o desemprego, a miséria, e a estagnação da evolução positiva da espécie em sociedade. Mas não será assim, porque o Homem, como ser inteligente e parte integrante da natureza, dará mais um salto qualitativo, elevando a sociedade e a distribuição da riqueza, a um estádio superior.

                                         Antes de continuar, vou em poucas palavras descrever o que deveria acontecer em Portugal com algo que é muito real e todos conhecem. O aumento de 35 para 40 horas semanais de trabalho na Função Pública, vai destruir 72 000 postos de trabalho. Se fosse em sentido contrário, ou seja, a implementação das 35 horas no Sector Privado, criar-se-iam 200 000 empregos.

                                         Posto isto, podemos continuar. Como vamos então fazer corresponder o avanço da tecnologia aos postos de trabalho, distribuição, mantimento e aumento da qualidade de vida, etc.?

                                         Fácil, mas não nesta sociedade, onde será impossivel, visto que o seu objectivo, é o lucro, trabalho não pago, feito em quantidades astronómicas com a finalidade de garantir mercados por menor preço, pisando tudo e todos pelo caminho. Basta diminuir o tempo de trabalho: p. ex., de 8 para 6 horas, depois para 4 e assim sucessivamente, até chegar ao tempo necessário para a criação e manutenção de máquinas. Começando pelas que possam substituir o homem nos trabalhos pesados, até ás de escrita e direcção automática da sociedade. (e não haja medo que elas acabem por controlar o Homem, porque a este, bastará  desligar a "ficha" da tomada.), nunca diminuindo, e até aumentando salários, mantendo os preços ou diminuindo estes na distribuição (tempo de trabalho que deixa com a robotização, intacta a produção necessária ao mantimento e evolução sustentada da sociedade, não faltando, nem produzindo a mais, o que sustentará a manutenção do preço, deixando a questão do "mercado" de ser uma constante) . Manter-se-à assim, até aumentando, o nivel de vida e, a qualidade da mesma, porque os tempos ganhos, poderão ser empregues na cultura, desporto, viagens e, sobretudo, na Educação, tornando os seres humanos, polivalentes, impedindo assim, uma das maiores chagas do capitalismo, que é a saturação numa vida inteira de trabalho.
                                          Mas esta economia, que deixa de ser de mercado para ser social; que deixa de ser uma produção ofensiva com fins de embaratecer o preço social do trabalho com sobreprodução, mas para fazer corresponder as relações de produção à produção, tem de ser planeada, o que a torna impossivel nas condições de economia de mercado, porque a existência de pleno emprego e redução do tempo de trabalho, torna impossivel a procura do mais lucro, por ser exactamente o tempo de trabalho e a diminuição da sua paga (mais-valia), a substância do lucro. Só o socialismo, poderá fazer a destribuição justa, não equitativa segundo as necessidades como o será no comunismo, mas segundo a contribuição de cada um, ou de cada grupo.
                                          E esta sociedade do futuro, imperativa para sobrevivência da sociedade como tal e mesmo da espécie, é já para amanhã: para depois do amanhã, pode ser tarde. A ofensiva do capital financeiro com a cobertura do imperialismo belicista, cada vez mais fasciszante, fomentado o terrorismo de grupo fundamentalista (al-Qaeda, EI, etc.), ou o pessoal, como o do atentado na Noruega, ou os ataques a escolas nos EUA, ou o de Estado, como o dos próprios EUA, Israel, Arábia Saudita, Kiev, etc., ou ainda através de leis restritivas nos chamados paises ocidentais, como as que foram criadas após o 11 de Setembro, sob a mascara da democracia e segurança da mesma; e o estrangulamento dos países mais pobres, através do garrote financeiro, torna urgente a mudança. Cabe a cada país, aos povos de cada país, criar condições para a retirada do poder aos proprietários dos meios de produção, da banca e da politica, passando todos estes para as suas mãos. Terá de haver uima coordenação a nivel global, porque a economia capitalista, global, assim o exige, embora isto não queira dizer que a revolução seja igual em todo o lado. Cada povo, cada cultura, cada grau de desenvolvimento, írá ditar a formula a adoptar, mas sempre com algo em comum: uma democracia popular, socializante. Disto, depende o futuro da humanidade, cuja História gloriosa de uma evolução biológica e social, assim o exige. O capitalismo, a sociedade burguesa, a economia de mercado, NÃO é o fim da História: é apenas uma passagem, como o será o socialismo.

                                         

             

 

 

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