Multinacionais e globalização da economia
Sabendo agora, como se forma o lucro, e ao desenvolvimento do capitalismo dele inerente, poderemos avançar estádios mais adiantados do Capital: a sua internacionalização.
Sempre com o objectivo primário, do «quanto mais lucro melhor», o capital nacional faz-se transportar para fora de fronteiras, não só com o objéctivo de monopolização de ramos e subramos da industria, agricultura e transportes, principalmente da primeira, mas essencialmente a nivel de Trusts, o que he dá uma posição previligiada sobre a economia mundial, onde se inclui a politica dos diversos paises e o nivel social das populações.
A esta situação dominadora, dá-se o nome de imperialismo económico, a que se deve juntar as consequências: imperialismo financeiro e cultural. Diferente do imperialismo clássico da idade média e do feudal, que se firmava pela supremacia militar e exploração directa dos recursos e populações nativas, acaba por ter efeitos ainda mais terriveis, pois assenta em cima de toda uma alienação cultural, miséria, fome e doença, que, com algumas honrosas excepções, é quase global. A própria Europa, a maioria dos seus países, também sofre deste novo tipo de imperialismo, e quem contra ele se rebelar, sofre as consequências como se de explorado também fosse, como é o caso de todos os paises que têm uma politica independente, p. ex. Cuba, Venezuela, Bolivia, Coreia do Norte, etc. (estou a dar exemplos destes, como países com diversos tipos de politica interna, desde a socialista à ditadura uni-pessoal, passando pelo capitalismo de democracia popular ou perto) para não ser tendencioso.
Mas não se pense que esta situação, provem de um único país, neste caso, os EUA. não, o Capital, não tem nacionalidade. As suas sedes empresáriais, podem estar em Nova Yorque, Londres ou Berlim, mas o seu capital constituinte, está espalhado pelo mundo inteiro, com os joguinhos bolsistas de ações. Como exemplo, pode-se dizer que, há arabes que são proprietários de milhões de ações da industria militar, que depois lhes despeja em cima, as bombas: as mesmas bombas, que lhes matam o povo humilde seu irmão, casos da Arábia Saudita, Koweit ou Emirates. Os familiares de Bin Laden e ele próprio, são proprietarios americanos, das armas com que atacam muçulmanos em ataques suicidas e que são responsaveis pelos 11 de Setembro e de Março. Os EUA, são só e simplesmente, devido à sua situação geográfica, económica e militar, o melhor poiso para o capital. É lá que o Capitalismo internacional, tem tudo o que necessita, desde a agricutura para sobrevivência, até à monopolização da conquista do Espaço.
Toda esta estratégia financeira, provém no entanto, da forma em como o Capital consegue os seus lucros.
Na corrida pelo «quanto mais lucro melhor», as empresas vão de país em país, à procura da melhor maneira de o conseguir, que como vimos, é com baixos salários e maior produtividade. Assim, e devido aos diferentes niveis de vida nas diversas partes do Planeta, as empresas conseguem países onde os custos do trabalho (que como vimos, são os únicos incorporados nos produtos), são 20 vezes menos que na Europa Ocidental ou nos EUA, e como os produtos aí produzidos, praticamente não são comercializados por falta de poder de compra, são vendidos no Ocidente; então o valor do trabalho é falsamente incorporado como se de produtos ocidentais se tratassem, e, os lucros de grandes, passam a fabulosos.
Um dos traidores do maior sonho do Homem, afirmou que a Terra é uma Aldeia Global: e é ...,
...., só que não da maneira em como o Homem a sonhou e sonha, mas da maneira em como o capitalismo a transformou, infelizmente. Com os monopólios, trusts e multinacionais, a economia tornou-se tão interdependente, que cada vez mais as riquezas se concentram nas mãos de um punhado de parasitas, em detrimento da felicidade daqueles que trabalham. Mas isto, não é tudo, num próximo Post, veremos uma das maiores calamidades sociais, politicas e económicas dos tempos actuais: o capitalismo financeiro seus jogos e consequências.